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MÊS DA BÍBLIA E A LITURGIA

Os meses temáticos não fazem parte do Ano Litúrgico! São meses de evangelização, catequese, conscientização, devoção. Portanto, NADA muda na liturgia da missa, pois o condutor de todo sentido da liturgia é a Palavra de Deus proclamada e vivida no Tempo Litúrgico que celebra o Mistério da Páscoa de Jesus ao longo de todo o ano.

Os meses temáticos devem ser vividos intensamente na catequese, em iniciativas evangelizadoras e missionárias. Na liturgia, os temas trabalhados em tais meses podem aparecer em momentos adequados, como nas preces, quando também se pode fazer a oração pelas vocações (em agosto) ou rezar pelos grupos do Dia da Palavra (em setembro) ou, ainda, pelos missionários (em outubro).

É um absurdo quando, em pleno Tempo Pascal, se entra no mês de maio e se deixa de lado os hinos pascais para se cantar cantos marianos. Nada impede de, ao término da missa, se fazer uma homenagem ou se entoar um cântico à Virgem Maria, mas não trocar a tonalidade da celebração rompendo com o ciclo natural do Ano Litúrgico que está em curso.

E no mês da Bíblia? O que fazer para valorizar a Palavra de Deus? Essa pergunta é maravilhosa, porque não faltam coisas necessárias e urgentes para valorizar a Palavra de Deus. Vamos a elas:

– Leitores bem preparados;

– Proclamação dos textos bíblicos de maneira compreensível e piedosa;

– Desenvolver a capacidade de escuta e não de acompanhar com leitura de folheto os textos bíblicos;

– Cuidar do som para que a Palavra de Deus seja bem escutada;

– Homilias e pregações iluminadoras e a partir do Evangelho.

Mas se a sua comunidade já faz tudo isso (o que eu duvido) e quer usar a “criatividade” para comunicar a importância da Palavra de Deus, de algum modo com relação à celebração, podemos conceber:

– Na missa, preparar a proclamação solene do Evangelho usando o livro Evangeliário que é levado em procissão na entrada, colocado sobre o altar e retirado em procissão durante a aclamação, conduzido com velas e incenso até o ambão; e por fim pode ficar exposto numa espécie de trono;

– Na celebração da Palavra, dirigida por leigos e leigas, a CNBB diz e incentiva sobre a entrada do lecionário ou da Bíblia, mas seja feita a procissão sempre com o mesmo e único livro de onde se vai proclamar;

– O momento certo de fazer tal entrada não é explícito, mas se supõe que seja antes da primeira leitura. Mas apenas na celebração da Palavra. Na missa, não existe entrada processional de livro que não do próprio Evangeliário!

Outra possibilidade é, num tempo razoável antes da missa, se fazer qualquer gesto que se chama “entrada da bíblia ou lecionário”. Faz-se uma pausa e depois se segue como de costume, mas isso deve acontecer de tal modo que no horário marcado da missa se esteja cantando o canto de abertura/entrada, sem atrasos por conta das nossas “criatividades”.

A catequese, a Pastoral Litúrgica ou qualquer outro grupo pode preparar à entrada da igreja, um espaço catequético com curiosidades sobre a Bíblia ou até mesmo ensinando as pessoas a como encontrar uma passagem na Bíblia, anotar ou fazer uma citação; conhecer as abreviações, a diferença entre capítulos e versículos, entre Antigo e Novo Testamento. Quem sabe ainda em se recolher doações de bíblias e distribui-las a quem não tem.

Tudo isso pode ser feito sem sacrificar a beleza, a coerência e a fluidez da liturgia cujo centro é e sempre será o Mistério Pascal de Cristo.

Pe. Renato Paganini.

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